E falou o SENHOR a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos.
2 Crônicas 33.10
A prosperidade, que é boa, pode tornar-se muito má para quem não reconhece que é dever de todos buscar o Senhor e cumprir os Seus mandamentos. Isso porque o homem é muito fácil de ser enganado; basta que uma brisa de paz venha sobre ele para que se torne bobo, carnal e manhoso. Sempre foi assim; se ele não vigiar e orar, será usado pelo inimigo.
Manassés, filho do rei Ezequias – um dos mais tementes reis do povo de Deus –, sucedeu seu pai no governo de Judá. Quando assumiu o trono, já fazia muitos anos que o reino do Norte, o qual havia ficado com o nome de Israel, não existia mais, pois o grande império assírio o tinha tomado. O Senhor advertiu que Judá teria o mesmo destino, mas o rei e seu povo não creram.
Em nossos dias, há pessoas brincando com a fé em Cristo. Elas se acham especiais e não se dão conta de que o império da maldade pode agir em suas vidas. Ora, quem era você antes de aceitar Jesus? Por que se deixa levar pelas tentações e abandona o compromisso com o Senhor? Muitos não têm dado ouvidos a Deus.
Manassés fez tudo de mau em Jerusalém. Isso porque era um tempo de prosperidade, e o povo não mais desejava o Altíssimo e Seus mandamentos rígidos, os quais não lhes permitiam prevaricar. Aos poucos, todos passaram a imitar os povos pagãos, e o rei chegou a queimar seus próprios filhos na feitiçaria, permitindo que o culto aos demônios tomasse conta do território de Deus.
Em razão disso, o Senhor enviou os príncipes do exército do rei da Assíria, que prenderam Manassés entre espinhos, amarraram-no e o levaram cativo à Babilônia. No entanto, vendo seu estado miserável, ele se arrependeu de toda a maldade que fizera, orou a Deus e, por obra divina, foi enviado de volta a Jerusalém. Ao retornar, emendou-se e tirou do templo os ídolos, bem como toda idolatria.
Quem já pagou um preço caro por ter-se afastado do Altíssimo e, agora, está arrependido deve tirar do altar do seu coração os ídolos, que podem ser um desejo secreto, uma vida promíscua ou qualquer outra obra satânica. É preciso limpar a casa para que o inimigo não mais o importune.
O Senhor não permitirá que voltem a insultá-Lo aqueles que já se desviaram e, por terem-se arrependido, conseguiram Seu favor. É necessário ter cuidado com a segunda morte. Quem caiu, arrependeu-se e fez um voto de não mais retornar ao pecado, mas o fez, no mínimo será considerado mentiroso e, então, provará a segunda morte (Ap 21.8).
R. R. Soares
Jornada nos Salmos - Convicção e Resposta (Sl 5)
Salmos 5:3
Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei.
A oração é uma experiência de fé. Dedicamos um tempo para conversar com Deus, abrindo nosso coração e derramando aos Seus pés nossa adoração, nosso arrependimento e nossas súplicas. E, ao fazermos isso, precisamos estar convictos de que Ele nos responderá segundo os Seus propósitos soberanos. Quero frisar essas duas palavras: convicção e resposta.
Davi afirmou neste verso do salmo 5 que bem cedinho ele clamava ao Senhor. E disse ainda que ficava esperando pela resposta. A oração se tornou uma disciplina morna para muitos cristãos. Oram porque foram ensinados que precisam orar, mas o fazem por mera formalidade espiritual. Para o salmista e para os seguidores de Jesus, a oração era uma oportunidade de entrarem na sala do trono para buscarem o socorro do Altíssimo. Havia convicção de que Deus podia intervir na história humana e havia certeza de que cada oração tinha uma resposta. Essas experiências não podem morrer com o tempo. Precisamos resgatar a convicção de que Deus se importa conosco e que quer nos responder quando buscamos a Ele em oração.
Lembra aquele cantinho de oração que você já há algum tempo não usa mais? O Senhor marcou um novo encontro com você, naquele mesmo lugar onde um dia Ele lhe trouxe o milagre. Que Ele te abençoe!
Pastor Sérgio Fernandes
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